quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

VESTIDO BRANCO




 Vestido Branco

As janelas da alma se fecham
Para contemplar um sonho
Punha-se a imaginar o branco
E o esvoaçar do pano

Era o tecido do tempo
Tocando o corpo da vida
Moldando a cada pedaço
As peças indefinidas

Pedaços de sonhos e planos
Costurados com linha dourada
Dão forma ao vestido branco

Agora já esculpido
No tempo e silêncio do ser
Cobre o vestido branco o corpo que não se ver.

Conceição Gama.
15/12/11

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

FRUTOS DE PLÁSTICO



Frutos de Plástico.



Os frutos de plásticos projetados e concebidos por nós, resultantes de sementes  estragadas, penetram em nossa vida de maneira sutil e influenciam no nosso ser e estar.
Eles são bonitos e atraentes, simulam a perfeição...
Porém, exigem do livro da vida a exposição, como se fossemos personagens fictícios, passíveis de serem apagados por um “delete” do teclado  de um PC qualquer, ou de uma simples borracha!
Confronto entre a essência humana e realidade que lhe é imposta!
Onde está à reciprocidade benigna que suscita em nós o fluir do “usufruir” do bem?
Será que realmente necessito desse “produto” fabricado em série para me sentir feliz?
Não creio... Minha busca pelo que definem como felicidade, está além dos muros dos dólares e euros e dos pódios das fruteiras que abrigam frutos de plásticos...

Conceição Gama.
14/12/11

terça-feira, 13 de dezembro de 2011


Eu?

Não sei se há entender!
Não sei se há compreender!
Quem compreenderá e entenderá o superficial de ser?
Quando as palavras alçam voo ao infinito,
Sublimam a essência de ser!
Dor, alegria, prazer, quem haverá de ter?
Eu? Não é possível saber...
E se possível for, derramem sobre o solo da vida transitória
Sementes... Sementes que não mentem!
Sou um pássaro na constância da busca!
Da verdade que não querem ver...
Meu ninho é  de difícil acesso,
O que posso fazer?
Derramar, derramar e derramar,
Sementes do que sou,
Isso é viver?

Conceição  Gama
 12/12/11.