EU E ROSA.
" Cada vez que uma rosa murcha no canteiro de minha alma, suas pétalas caem com suavidade sobre o chão molhado por lágrimas de amor e alegria, um modo de irrigar a terra, o chão que minha alma pisa.
É a experiência de vivenciar o paradoxo do nascer e do morrer...
Sabendo que já foi semente e botão, a rosa que viveu com plenitude sua condição própria da transitoriedade da matéria, do palpável, permanece presente na alma das pessoas que olharam para ela. Assim como a rosa fez desta realidade uma recíporca tão verdadeira!
Mesmo que este olhar não tenha sido pleno em relação a interiorização de quem olhou, e não a interiorizou.
É assim...
Mas o que realmente importa senão contemplar e experênciar o que não é efêmero na vida das rosas e dos canteiros, neste jardim que chamamos de vida?
Experimento na carne e no espírito, a presença renovadora das mãos do jardineiro a cuidar daquele botão que acabou de nascer...
Outras rosas murcharão e outras brotarão...
O fundamental é que o canteiro de minha alma faz parte de um jardim, onde a essência de ser rosa é o eterno!
Conceição Gama.
04/04/12.