sábado, 24 de novembro de 2012

O Tudo ou o Nada.






O Tudo ou o Nada.

Olhava o campo florido
E o perfume anunciava
O que por vir estava
O retorno ao definitivo

Revivendo o acontecido
A terna lembrança ficava
O tudo sempre esperava
Porém sentia-se sofrido

Buscava encontrar sentido
Nas transparentes palavras
Que da boca não saiam
Mas das janelas da alma

Procura-se um novo vestido
Para cobrir uma lágrima
Em um momento tranquilo
Que o tudo parece nada
 
O que será decisivo,
Para mergulhar no tudo?
Um grito, um silêncio agudo?
Ao tudo que aqui ficara...
   
O efêmero muito deixou
Na mais profunda raíz
Revés do que é perene
Aquilo que não se diz...
 

Conceição Gama.