domingo, 27 de fevereiro de 2011

REVÉS DO ÓDIO, BUSCA INCESSANTE...




"Que seja imortal, posto que chama, mas que seja infinito enquanto dure", já nos dizia o poeta Vinicius de Moraes, em referência ao amor.
Quais palavras buscar em nosso vocabulário de vida, onde pudessemos conceituar sob a óptica singular que nos é própria, ou mesmo sob o âmbito da coletividade, do que é ou que seja imortal, infinito?
Não os encontro nessa entrada que percorri até agora...
As palavras! O conceito!
Penso ser uma questão de "experênciar"...
Faço referência ao desejar, ao querer e aos limites que demarcarmos no terreno de nossas almas.
Linhas que se transformam em crateras, sem pontes, separadas pelo pre-conceitos e os "supostos conceitos" dos achismos que andam e correm soltos pelos corações de quem não encontrou ainda um porto seguro.
A príncipio tomo como base o amor que temos a nós mesmos! Isento aqui, o amor de ordem egocêtrica, aquele tipo de doce que nos é oferecido porque somos "educados", pacientes, tolerantes, mais que ao desgustarmos, amarga como jiló!
Passamos a colocar na condição de mistério, o que diante da ausência do auto-conhecimento, da vivência peculiar de cada relacionamento e seus frutos, o que não permitirmos que faça parte da nossa caminhada, esse mistério usa máscara para não o identificarmos. Precisamos estar atentos para não perdermos as oportunidades que a vida nos oferta no dia de hoje!
É assim, que o revés do ódio nos proporciona e convida a sermos parte do mistério!
O mistério que decidimos viver como opção, e que nos conduz através do trem da vida, nos vagões recheados do mistério verdadeiro, aquele que não cabe ao entendimento humano. 
Penso que o amor é fruto de semente selecionada pelo respeito, pelo carinho, pela educação, pela ternura, pelo acolhimento, e sobretudo pelo perdão, tendo como ponto de largada a nossa própria vida.
É bonito, pensar nessa imensidão de possibilidades de carregar os vagões do trem de nossas vidas, e nos deixarmos embalar pelo vai e vem, que nos lança de um lado para o outro,  como uma criança sendo acalentada nos braços seguros de sua mãe, na reciprocidade gerada do bem querer.
Quem não vive ou não viveu uma quimera, jamais terá alegria e o prazer de sentir o perfume das rosas
e perceber que os espinhos apenas nos apontam o caminho da apredizagem , que nos leva aos nossos limites e de outrem.
É bom, muito bom saber que ao cultivar o amor, não executo as descisões e atitudes quem me cabem, sem a ajuda do meu Senhor!
Quanto a chama do amor, convido-a a ser parte que ilumina os meus percursos, e que certamente não será apagada, pois essa imensidão , denomidada aqui como "infinito"  possue luz própria, que ilumina essa "chama", afinal somos frutos do Amor Maior!

Conceição Gama
27/02/11

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