quarta-feira, 21 de maio de 2014

Gaiolas Cristalinas








Gaiolas Cristalinas


Nos recônditos das gaiolas cristalinas
Não se enxerga a solidão dos pássaros.
Prisioneiros em seus passos, se sublima
O limite de seu verdadeiro espaço.

Já não sabe bater asas pra voar
O estático fideliza  seu olhar
No limite do cristal a observar
A dinâmica que já não pode alcançar.

E chora o pássaro, na gaiola transparente
Vendo o mundo que não pode mais tocar
Na gaiola tão bonita e indiferente
Nem seu grito poderá se escutar.

Não suporta mais o cheiro da prisão!
Não suporta a transparência do cristal!
Se reserva, no silêncio de seu ser
Permitindo a gaiola se romper!
 
Conceição Gama.
21/05/14.


 


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